Monday, September 05, 2005

A minha nostalgia dos anos 80

Nos últimos tempos, tenho lido alguns e-mails e posts sobre a nostalgia dos anos oitenta. Foi com uma lágrima no canto do olho que li sobre a música que se ouvia na altura, sobre as discotecas que se frequentavam, sobre uma forma de estar e de encarar a vida difrente da de hoje e que tanto nos marcou. No entanto, todos esses documentos, quanto a mim, apresentam uma grande lacuna, nenhum se refere a um marco cultural dos anos oitenta, a verdadeira Trombada Lusitana.

A Trombada, sexo oral feminino, não caiu em desuso mas apresenta diferenças significativas no que se refere à forma, objectivo e conteudo em relação ao que era praticado nos saudosos anos oitenta. Actualmente é encarada como um pereâmbulo, como um aquecimento para copula ou acção conjugada com outros actos sexuais, como por exemplo no famoso 69. Nos anos oitenta não era um meio, era um fim. O verdadeiro trombeiro, conseguia que a sua parceira atingisse níveis de prazer inígualaveis, era desejado e admirado pelo sexo oposto e invejado pelos do próprio sexo. A arte de bem trombar, era mais do que a utilização de um determinado número de técnicas (o esfregar, o beijar, o chupar, a técnica de lingua, etc), era ter sensibilidade para saber qual a técnica a utilizar e sobretudo o saber prolongar o prazer o mais possível. Os melhores trombeiros apresentavam promenores de requinte, que iam desde colocação do casal em função da exposição solar até à utilização de frutos, aperitivos e champanhe, fazendo assim, as suas parceiras passar horas a gemer, a arfar, a berrar e a contorcer-se.

Contráriamente à maioria da mulheres actuais que perfumam, rapam, penteiam, aparam e pintam os pelos púbicos, vulgo pintelheira, que transforma o minete num acto asséptico ecosmético, a mulher dos anos oitenta transportava no meio das pernas a única restea da nossa natureza animal, um tufo farfalhudo de penugem despenteado, empregnado de intensos aromas e sabores agrestes, todos os nossos sentidos eram estimulados durante o cunilingus.

Actualmente ainda é possível a prática da trombada à antiga portuguesa, mas com algumas desvantagens, pois as mulheres que ainda apresentam essas características, tem mais de quarenta anos e ou são femininistas ou são fufas.

3 Comments:

Blogger Unknown said...

adoro uma bela trombda, já tive um jornal quie era trombeta

2:53 PM  
Blogger Bino said...

Eu na escola até ainda cheguei a ser conhecido pelo "trombadinha".
E mais, uma vez fui fazer uma endoscopia alta e encontraram-me até bolas de pelo no estômago (como nos gatos).
Um abraço do Bino do Abrupto

9:19 AM  
Blogger J.P. said...

Bino, és o maior !!
Xico, o teu blogue está cada vez melhor!

6:53 AM  

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